Estágio supervisionado obrigatório realizado no bojo da pandemia: o que dizem os egressos de um curso de licenciatura em matemática?

Autores

  • Camila do Carmo Morais Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)
  • Maria Margarete Delaia Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)
  • Kátia Regina da Silva Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)
  • Elizabeth Rego Sabino Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)
  • Carlesom dos Santos Piano Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

DOI:

https://doi.org/10.53660/CONJ-1770-2K07

Palavras-chave:

Estágio Supervisionado Obrigatório; Formato Remoto; Ensino de Matemática; Formação Inicial; Construção da Identidade docente.

Resumo

Objetiva-se nesta pesquisa analisar os dizeres dos egressos do curso de Licenciatura em Matemática, da Faculdade de Matemática (Famat), da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) acerca das percepções que têm das práticas que realizam/realizaram em turmas da educação básica da rede pública, municipal e estadual de Marabá, no Pará, no decorrer das disciplinas de Estágio Supervisionado Obrigatório (ESO), no formato remoto. Optou-se pela abordagem qualitativa e os dados foram coletados a partir de entrevistas semiestruturadas. Dentre os resultados, percebeu-se que apesar de apresentar algumas limitações, principalmente, por impossibilitar a inserção e vivência dos estagiários no contexto escolar, o estágio no formato remoto proporcionou muitos aprendizados que podem ter contribuído para o processo de construção da identidade docente inicial nos licenciandos/estagiários. Além disso, é possível inferir, que essas aprendizagens podem ser estendidas para ensino presencial e, assim, contribuir para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

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Biografia do Autor

Camila do Carmo Morais, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)

Graduanda do curso de Licenciatura em Matemática, pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

Maria Margarete Delaia, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)

Graduada em Pedagogia(Licenciatura), Habilitação Supervisão Escolar. Especialista em Metodologia de Ensino Superior, pela PUC-Minas e Planejamento Educacional, pela Universo - RJ. Mestre em Ciências da Educação, pelo Instituto Superior Pedagógico Enrique José Varona - Cuba. Doutora em Educação, pela Universidade Federal de Pelotas (PPGE/FaE/UFPel). Líder do grupo de pesquisa ?Estágio Supervisionado: articulação entre ensino, pesquisa e extensão?. Atua, também, em pesquisas voltadas para a Educação Superior, com foco na formação de professores para atuação na universidade(cursos de graduação), procurando investigar aspectos relacionados aos docentes iniciantes na educação superior e aos programas de desenvolvimento profissional. É integrante do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASIS) através da Portaria 1.027 MEC. Possui experiência docente (graduação e pós-graduação lato sensu) na área de Educação, atuando principalmente nas seguintes disciplinas: Introdução à Educação; Fundamentos da Educação; Estágio Supervisionado; Pesquisa e Prática em Educação; Avaliação Escolar (Cursos: Matemática, Educação Física, Ciências Naturais e Pedagogia); Psicologia da Aprendizagem; Didática; Prática de ensino; entre outras disciplinas de cunho pedagógico. É docente, com dedicação exclusiva, na UNIFESSPA - Campus de Marabá, no Curso de Matemática, licenciatura (FAMAT/ICE).

Kátia Regina da Silva, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (1999), mestrado em Educação pela Universidade Católica de Brasília (2007) e doutorado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2018). Atualmente é professora da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará.

Elizabeth Rego Sabino, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)

Possui graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal do Pará (2004) e mestrado em Matemática pela Universidade Federal do Pará (2008). Atualmente é coordenadora regional - pa02 da Olimpíada Brasileira de Matemática de Escolas Públicas - OBMEP e professora efetiva, adjunta C, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Análise Funcional Não-Linear, atuando principalmente nos seguintes temas: matemática, formação continuada, modelagem matemática, aplicações e olimpíada. Coordenadora do grupo de pesquisa intitulado Grupo de Estudos e Pesquisa de Formação Docente da Educação Superior e membro do grupo de Pesquisa intitulado Educação e Avaliação no Ensino Superior.

Carlesom dos Santos Piano, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Doutorando em Ensino de Ciências e Matemática no Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Mestre em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA). Especialista em Metodologia do Ensino Fundamental e Médio com ênfase em Matemática. Graduado em Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade Federal do Pará (2013). Professor efetivo de matemática pela SEDUC/PA. Possui experiência na área de Matemática, com ênfase nos seguintes temas: Ensino e Aprendizagem da Matemática, Discurso Matemático, Textos Narrativos Ficcionais com contextos matemáticos.

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Publicado

2022-10-06

Como Citar

Morais, C. do C. ., Delaia, M. M., Silva, K. R. da, Sabino, E. R. ., & Piano, C. dos S. . (2022). Estágio supervisionado obrigatório realizado no bojo da pandemia: o que dizem os egressos de um curso de licenciatura em matemática?. Conjecturas, 22(14), 233–252. https://doi.org/10.53660/CONJ-1770-2K07