Subalternidade, representação e participação da comunidade LGBTQIAP+ no cenário político brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.53660/CONJ-506-706Palavras-chave:
Movimento LGBTQIAP , Representação política, SubalternidadeResumo
O artigo aqui estruturado apresenta-se em três partes distintas e entrelaçadas, a primeira debruça-se sobre a criação e trajetória do movimento “LGBT” e da emergência de um novo sujeito político como cerne de novas exigências políticas, a segunda, por sua vez, analisa e explica como se estabeleceu (e ainda se estabelece) a questão da subalternidade deste movimento e sua exclusão de debates politizados e decisórios comumente no Brasil e a terceira, estuda e observa como é engendrada a representação política brasileira de membros da comunidade LGBTQIAP+ e seus efeitos na elaboração de políticas públicas eficazes às minorias sexuais. Também propõe como finalidade primordial a análise da subalternidade e suas manifestações diversas pela comunidade LGBTQIA+, além de demonstrar como tal fenômeno se reflete no campo político, questionando acerca de sua representação e participação políticas. Traçando um breve histórico do Movimento LGBT, almeja-se entender como se consolida a posição desses grupos subalternos para, a partir daí, analisar, compreender e questionar a relevância da representação e participação política e social deste grupo considerado minoria sexual e se este apresenta detrimento aos direitos e causas heteronormativas no Brasil.
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