Perfil histórico epidemiológico da Sífilis adquirida no Brasil na última década (2011 a 2020)

Autores

  • Karoline Reis de Matos Faculdade Santo Agostinho de Itabuna Afya
  • Lorena Gonçalves Simões Faculdade Santo Agostinho de Itabuna
  • Raick Barbosa de Souza Faculdade Santo Agostinho de Itabuna
  • Pedro Costa Campos Filho Faculdade Santo Agostinho de Itabuna

DOI:

https://doi.org/10.53660/CONJ-1093-R05

Palavras-chave:

Treponema pallidum, Epidemiologia, Saúde pública

Resumo

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), de notificação compulsória, que possui como agente etiológico a bactéria Treponema pallidum e, como forma de transmissão, a via sexual e vertical. Desse modo, esse artigo propôs delinear o perfil histórico-epidemiológico da Sífilis Adquirida no Brasil, entre os anos de 2011 a 2020. Para tal, recorreu-se ao banco de dados do DATASUS (SINAN), a fim de buscar as referências acerca do número de indivíduos contaminados pela sífilis adquirida em cada região brasileira, bem como, as faixas etárias, raças, sexo, evolução e critério diagnóstico utilizado. Os resultados evidenciaram que no Brasil existem 844.376 casos de indivíduos contaminados, com predomínio na faixa etária entre 20 a 39 anos, contabilizando 478.287 (56,64%) casos, com maior ocorrência, na região Sudeste sendo 245.683 (29,09%) casos. No que se refere à raça, observou-se que há um domínio da raça branca com 314.660 (37,26%) casos, e, em relação ao sexo, predomina o gênero masculino, com 507.123 (60,05%) casos. Contudo, no tocante à evolução, verificou-se que prepondera os ignorados/brancos, sendo 438.499 (51,93%) casos. O método diagnóstico mais utilizado foi o laboratorial 551.577 (65,32%) casos.

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Publicado

2022-06-15

Como Citar

Reis de Matos, K., Gonçalves Simões , L. ., Barbosa de Souza , R. ., & Costa Campos Filho , P. . (2022). Perfil histórico epidemiológico da Sífilis adquirida no Brasil na última década (2011 a 2020) . Conjecturas, 22(6), 644–662. https://doi.org/10.53660/CONJ-1093-R05