Extração e caracterização de espécie do gênero opuntia para aplicação como biocoagulante e biofloculante no processo de tratamento de águas e efluentes

Autores

  • Eduardo Braga Costa Santos Universidade Federal do Pará
  • Letícia Dantas Muniz Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba
  • Denise Dantas Muniz Universidade Federal da Paraíba
  • Normando Perazzo Barbosa Universidade Federal da Paraíba
  • Edvaldo Amaro Santos Correia Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba
  • Márcia Viana Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.53660/CONJ-1105-R09

Palavras-chave:

Caracterização, Tratamento de efluente, Palma orelha de elefante mexicana, Componentes minerais

Resumo

O uso de coagulantes inorgânicos no tratamento de efluentes tem gerado discussões sobre os limites de eficiência e os efeitos colaterais no corpo humano, buscando-se alternativas que desempenhem o tratamento com o impacto ambiental minimizado. O estudo objetiva avaliar a efetividade da palma orelha de elefante mexicana (Opuntia stricta haw) cultivada no estado da Paraíba no tratamento de águas e efluentes e seu potencial técnico como biocoagulante e biofloculante. Caracterizações de espectrofotometria no infravermelho – FTIR, análise termogravimétrica – TGA, difratometria de raios-x – DRX, teste de sólidos suspensos, níveis de turbidez e pH foram realizados. Os resultados obtidos indicaram que a espécie estudada reduziu a turbidez das amostras de efluentes em um percentual superior a 75% e a quantidade removida de sólidos suspensos é equivalente, além da detecção de componentes minerais nas amostras da palma estudada, que levanta a hipótese de atuar no equilíbrio dos níveis de pH, porém de forma limitada.

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Biografia do Autor

Letícia Dantas Muniz, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba

Discente no curso técnico em controle ambiental integrado ao ensino médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus João Pessoa.

Denise Dantas Muniz, Universidade Federal da Paraíba

Doutora em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal da Paraíba

Mestra em Engenharia de Produção pela Universidade Federal da Paraíba

Especialista em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo

Licenciada em Matemática pela Universidade Cruzeiro do Sul

Bacharel em Administração pelo Centro Universitário de João Pessoa

Gerente de Auditoria Interna da Companhia Docas do Pará.

Normando Perazzo Barbosa, Universidade Federal da Paraíba

Professor Titular Emérito da Universidade Federal da Paraíba

Professor Visitante do Programa de Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal da Paraíba

Doutor em Mecânica Aplicada às Construções pela Université Pierre et Marie Currie

Coordenador do Comitê de Estudos da ABNT "Estruturas de Bambu"

Edvaldo Amaro Santos Correia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba

Professor Titular do IFPB, vinculado ao Departamento de Química da instituição citada.

Doutor em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal da Paraíba

Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Amazonas

Bacharel em Engenharia Química pela Universidade Federal da Paraíba

Licenciado em Química pela Universidade Estadual da Paraíba

Márcia Viana, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba

Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Paraíba

Bacharel e Licenciada em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba

Coordenadora do Curso Técnico em Controle Ambiental integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - Campus João Pessoa.

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Publicado

2022-06-17

Como Citar

Braga Costa Santos, E., Dantas Muniz Alves, L., Dantas Muniz, D., Perazzo Barbosa, N., Amaro Santos Correia, E., & Viana da Silva, M. (2022). Extração e caracterização de espécie do gênero opuntia para aplicação como biocoagulante e biofloculante no processo de tratamento de águas e efluentes. Conjecturas, 22(6), 811–827. https://doi.org/10.53660/CONJ-1105-R09