Perfil das intoxicações causadas por produtos domissanitários no Brasil no período de 2010 a 2019

Autores

  • Marina Hansorge de Moraes Sampaio Universidade Federal de São João del-Rei, Campus Centro-Oeste Dona Lindu
  • Nayara Ragi Baldoni Universidade de Itaúna
  • Thaís Lorenna Souza Sales Universidade Federal de São João del-Rei, Campus Centro-Oeste Dona Lindu
  • Leilismara Sousa Nogueira Universidade Federal de Alfenas
  • Camilo Molino Guidoni Universidade Estadual de Londrina
  • Farah Maria Drumond Chequer Universidade Federal de São João del-Rei, Campus Centro-Oeste Dona Lindu

DOI:

https://doi.org/10.53660/CONJ-1192-T17

Palavras-chave:

Intoxicação, Exposição a produtos químicos, Saneantes, Sistema de Informação de Agravos de Notificação

Resumo

Descrever o perfil de intoxicações por produtos domissanitários notificados no Brasil e analisar a incidência dessas intoxicações por estado brasileiro. Estudo descritivo, no período de 2010 a 2019. Os dados foram obtidos das fichas de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram notificadas 59.098 intoxicações, o número mostrou-se crescente no decorrer dos anos, sendo o estado de São Paulo o que apresentou o maior número de registros (n=15.054). O Espírito Santo foi o estado que apresentou a maior incidência, em 2019. Na maioria dos estados, as notificações foram mais frequentes entre as mulheres e as crianças. Este estudo evidenciou que a maior parte dos casos esteve relacionada ao contato com o produto acidentalmente e a faixa etária mais afetada foi entre 0 a 9 anos, na qual podem ser evitados com bons hábitos de armazenamento e medidas de educação em saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADISESH, A. et al. Occupational asthma and rhinitis due to detergent enzymes in healthcare. Occup Med (Lond), v.61, n.5, p. 364–9, 2011.

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Orientações para os consumidores de saneantes. São Paulo, 2012. Disponível em: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/zip/cartilha_de_orientacao_para_os_consumidores.pdf. Acesso em: 21 set. 2021.

AVAU, B. et al. First aid interventions by laypeople for acute oral poisoning (Review). Cochrane Database Syst Rev, v. 12, p. 1-1240, 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Instruções para preenchimento da Ficha de Investigação de Intoxicação Exógena SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 1.678, de 2 de outubro de 2015. Institui os Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) como estabelecimentos de saúde integrantes da Linha de Cuidado ao Trauma, da Rede de Atenção as Urgências e Emergências no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. S. Diário Oficial da União. 6 Dez 2015.

BRITO, J. G; MARTINS, C. B. G. Accidental intoxication of the infant-juvenile population in households: Profiles of emergency care. Rev Esc Enferm USP, v.49, n. 3, p. 373–80, 2015.

BRITO, M. L. S. et al. Número de internações e óbitos associados à intoxicação infantil. Rev Soc Bras Clin Med, v. 17, n. 3, p. 124–130, 2019.

COSTA, A. O; ALONZO, H. G. A. Centros de Informação e Assistência Toxicológica no Brasil: descrição preliminar sobre sua organização e funções. Saúde Debate, v. 43, n. 120, p. 110-121, 2019.

DI PALMA, A. C. A. T. Profile of intoxications served at the 24-hour emergency service unit. Rev Ciênc Farm Básica Apl, v. 41, e680, 2020.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010. Disponível em: https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=2R&uf=14. Acesso em: 21 set. 2021.

IFRC. International Federation of Red Cross and Red Crescent Societies. International first aid and resuscitation guidelines 2016. [citado 2021 setembro 21]. Disponível em: https://www.redcross.ca/crc/documents/1303500-IFRC-First-Aid-Guidelines-WHAT-S-NEW-EN-LR.pdf

FOOK, S. M. L. et al. Avaliação das intoxicações por domissanitários em uma cidade do Nordeste do Brasil. Cad Saúde Pública, v. 29, n. 5, p. 1041–45, 2013.

GARZA, J. L. et al. Traditional and environmentally preferable cleaning product exposure and health symptoms in custodians. Am. J. Ind. Med, v. 58, p. 988–95, 2015.

GOKALP, G. Evaluation of poisoning cases admitted to pediatric emergency department. Int J Pediatr Adolesc Med, v. 6, n. 3, p. 109–114, 2019.

GONDIM, A. P. S. et al. Tentativas de suicídio por exposição a agentes tóxicos registradas em um Centro de Informação e Assistência Toxicológica em Fortaleza, Ceará, 2013. Epidemiol Serv Saude, v.26, n. 1, p. 109-19, 2017.

HERNANDEZ, E. M. M; RODRIGUES, R. M. R; TORRES, T. M. São Paulo: Secretaria Municipal da Saúde. Manual de Toxicologia Clínica: orientações para assistência e vigilância das intoxicações agudas. São Paulo, 2017. Disponível em: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/up/MANUAL%20DE%20TOXICOLOGIA%20CL%C3%8DNICA%20-%20COVISA%202017.pdf. Acesso em: 21 set. 2021.

JURQUET, V. B. Percepção dos impactos ambientais dos domissanitários: resultados do projeto de extensão com grupos de mulheres das comunidades de Garopaba e Imbituba. Revista ELO – Diálogos Em Extensão, v.10, p. 1-15, 2021.

LIMA, G. S. et al., Caracterização das intoxicações por produtos de uso domiciliar na cidade de Teresina Piauí. REAS, e666, 2020.

MUHAMMAD, A; SOARES, A; JEFFERSON, B. The impact of background wastewater constituents on the selectivity and capacity of a hybrid ion exchange resin for phosphorus removal from wastewater. Chemosphere, v. 224, p. 494–501, 2019.

NAKAJIMA, N. R. et al. Análise epidemiológica das intoxicações exógenas no Triângulo Mineiro. BJHBS, v. 18, n. 2, p. 151-58, 2019.

O’MALLEY, G. F; O’MALLEY, R. Princípios gerais da intoxicação..Disponível em: https://www.msdmanuals.com/ptbr/profissional/les%C3%B5esintoxica%C3%A7%C3%A3o/intoxica%C3%A7%C3%A3o/princ%C3%ADpios-gerais-da-intoxica%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 3 abr. 2021.

ROCHA, E. J. et al. Análise do perfil e da tendência dos eventos toxicológicos ocorridos em crianças atendidas por um Hospital Universitário. Cad. Saúde Colet, v. 27, n. 1, p. 53-59, 2019.

SANTANA, R. A. L; BOCHNER, R.; GUIMARÃES, M. C. S. Sistema nacional de informações tóxico-farmacológicas: o desafio da padronização dos dados. Ciênc. Saúde Coletiva, v. 16, n.1, p. 1191-1200, 2011.

SINAN. Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Dados Epidemiológicos Sinan. Disponível em: https://portalsinan.saude.gov.br/dados-epidemiologicos-sinan Acesso em: 6 de out. 2020.

SU, F. C. et al. Exposures to volatile organic compounds among healthcare workers: Modeling the effects of cleaning tasks and product use. Ann Work Expo Health, v. 62, n. 7, p. 852-70, 2018.

TAVARES, E. O. et al. Fatores associados à intoxicação infantil. Esca. Anna Esc Nery (impr.), v. 17, n. 1, p. 31-7, 2013.

VILAÇA, L.; VOLPE, F. M.; LADEIRA, R. M. Intoxicação acidental em crianças e adolescentes internados em um departamento de toxicologia de referência de um hospital de emergência brasileiro. Rev. Paul. Pediatr, v. 38, e2018096, 2020.

ZOCK, J. P.; VIZCAYA, D.; LE MOUAL, N. Update on asthma and cleaners. Curr Opin Allergy Clin Immunol, v.10, p.114–120, 2010.

Downloads

Publicado

2022-06-30

Como Citar

Sampaio, M. H. de M., Baldoni, N. R. ., Sales, T. L. S., Nogueira, L. S. ., Guidoni , C. M. ., & Chequer, F. M. D. . (2022). Perfil das intoxicações causadas por produtos domissanitários no Brasil no período de 2010 a 2019. Conjecturas, 22(8), 275–289. https://doi.org/10.53660/CONJ-1192-T17

Edição

Seção

Artigos