Afinal, por que sou professor?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53660/CONJ-1346-W61

Resumo

Refletindo sobre nossa atuação profissional em meio à sociedade contemporânea, surgiu o questionamento: Afinal, por que sou educador? E a partir disso: Para quem, para quê e por que a educação, que está posta, serve? Enquanto educadores de escola pública federal, percebemos o quanto nossa prática ainda é tecnicista e empobrecida das reflexões cruciais sobre o processo civilizatório. Desse modo, este artigo objetiva estabelecer o papel do educador frente às variáveis contemporâneas. Para tal, realizou-se uma pesquisa de cunho bibliográfico, pautando-se na literatura sobre a temática, balizando as discussões e reflexões. Na tentativa de responder à problemática de pesquisa, o artigo foi dividido em três seções: o papel do educador; o processo educativo como uma variável contemporânea; e, a imbricação da equação civilizatória com a Educação. Alcançar o objetivo da pesquisa, mostrou-se uma reflexão complexa, contudo, evidenciamos que o educador possui inúmeras possibilidades de incorporar as variáveis contemporâneas no processo educativo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elisângela Regina Selli Melz, Instituto Federal Catarinense

Doutoranda em Educação Científica e Tecnológica (UFSC). Mestre em Educação UNOESC- Campus Joaçaba. Especialista em Matemática: Ensino Fundamental e Médio pela Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. Licenciada em Matemática UNOESC - Campus São Miguel do Oeste. Atualmente é professora do Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul-SC, professora coordenadora do programa da Capes de Residência Pedagógica. Tem experiência docente na área de Matemática do Ensino Médio, no Curso de Licenciatura em Matemática e em cursos de Formação Continuada de Professores, com ênfase em Educação Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino e aprendizagem, educação, matemática básica.

Lucilene Dal Medico Baerle, Instituto Federal Catarinense

Possui graduação no curso de Ciências: Licenciatura Plena - Habilitação em Matemática, pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (2000), Especialização em Educação Matemática pela UNIJUÍ (2004) e Mestrado Profissionalizante no Ensino de Física e de Matemática (2008) pela UFN (Universidade Franciscana). Tem experiência na área de Matemática de Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Técnico, Ensino Superior e Pós-graduação. É professora do Instituto Federal Catarinense (IFC ) desde 2011, Campus Videira -SC e atua principalmente com as disciplinas de Matemática nos cursos de Ensino Médio Integrado e no Ensino superior com as disciplinas de Pré-Cálculo, Cálculo Diferencial e Integral I e II e Álgebra Linear para o curso de Bacharelado em Ciência da Computação. Atualmente, é doutoranda do curso de Educação Científica e Tecnológica - PPPGCET da UFSC. Linha de Pesquisa: Ensino e Aprendizagem das Ciências. Orientador: Prof. Méricles Thadeu Moretti.

Rafael Antonio Zanin, Instituto Federal Catarinense

Possui graduação em Engenharia de Produção e Sistemas pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2007), graduação em Matemática pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2017) e mestrado em Engenharia de Processos pela Universidade da Região de Joinville (2011). Atualmente é professor de Matemática no Instituto Federal Catarinense - Campus Videira e doutorando em Educação Científica e Tecnológica da Universidade Federal de Santa Catarina.

Rodrigo Cardoso Costa, Instituto Federal Catarinense

Mestre em Engenharia pelo PPGE3M da UFRGS. Psicopedagogo Institucional pela UCB. Tecnólogo em Eletromecânica pela UNESC. Atualmente sou professor do Instituto Federal Catarinense. Área de concentração profissional: Fabricação Mecânica com ênfase em processos de soldagem, usinagem e material compósito em fibra de carbono.

Referências

BAZZO, W. A. Ponto de Ruptura Civilizatória: a Pertinência de uma Educação “Desobediente". Revista CTS, n. 33, v. 11. Set. 2016, p. 73-91.

_______. De técnico e de humano: questões contemporâneas. 3.ed. Ver. E atual. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2019.

BRASIL (Estado). Constituição (1988). Lei n. 01, de 05 de outubro de 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. 1. ed. Brasília - Distrito Federal, DF: Diário Oficial, 05 out. 1988. v. 1, n. 191, Seção 1.

CASTI, J. O colapso de tudo: os eventos extremos que podem destruir a civilização a qualquer momento. Tradução de Ivo Korytowski e Bruno Alexander. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012.

CIVIERO, P. A. G. Relatório de pós-doutoramento: Gênese e desenvolvimento do conceito de equação civilizatória na sociedade contemporânea. Florianópolis: UFSC, 2021. 33 p.

_______; BAZZO, W. A. A equação civilizatória e a pertinência de uma Educação Insubordinada. International Journal for Research in Mathematics Education, v. 10, n. 1, p. 76-94, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.37001/ripem.v10i1.2204. Acesso em: 6 jan. 2021.

_______; VELHO, R. S. Da Utopia 4.0 ao Caos da mão invisível: a pandemia tecnológica. v. 1, n. 3, 2020. SINASEFE LITORAL.

ENGUITA, M. F. A face oculta da escola: educação e trabalho no capitalismo. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

GALEANO, E. H., De pernas pro ar: a escola do mundo ao avesso. Tradução de Sergio Faraco: com gravuras de José Guadalupe Posada. Porto Alegre, RS: L&PM Editores, 2020.

GOBBO, A. A Quarta Revolução Industrial e seus impactos na Civilização e na Educação 4.0: muitas variáveis de uma nova e complexa equação civilizatória. 2020. 225 f. Tese (Doutorado) - Curso de PPGECT, UFSC, Florianópolis, 2020.

HARARI, Y. N. 21 lições para o século 21. Tradução de Paulo Geiger. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

MASI, D. de. Uma simples revolução. Tradução de Yadyr Figueiredo. Rio de Janeiro: Sextante, 2019.

MORIN, E. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 26ª educação. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 2021.

POSTMAN, N. O fim da educação: redefinindo o valor da escola. Tradução José Laurênio de Melo. Rio de Janeiro: Graphia, 2002.

POSTMAN, N.; WEINGARTNER, C. O ensino como revolução social. Tradução Álvares Cabra. 4 ed. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1978.

SCHÖNARDIE, P. A. O Processo Educativo na Perspectiva Histórico-Cultural. Contexto & Educação, Ijuí - RS, n. 93, p. 4-21, 2014.

SILVA, M. A. da; KAYSER, A. M. O papel da educação contemporânea: uma reflexão a partir da pedagogia da autonomia de Paulo Freire. Dynamis, Blumenau, v. 21, n. 2, p. 3-15, 2015.

VYGOTSKY, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Tradução por Paulo Bezerra.

Downloads

Publicado

2022-08-11

Como Citar

Melz, E. R. S., Baerle, L. D. M. ., Zanin, R. A., & Costa, R. C. (2022). Afinal, por que sou professor?. Conjecturas, 22(3), 1057–1071. https://doi.org/10.53660/CONJ-1346-W61

Edição

Seção

Outros artigos e publicações