Relações entre os tipos de discursos e o público visitante em uma trilha ecológica
DOI:
https://doi.org/10.53660/CONJ-1364-W69Palavras-chave:
Museus de Ciências, Discurso expositivo, TrilhasResumo
Este trabalho objetivou investigar as relações estabelecidas entre os tipos de discursos e o público visitante em uma trilha ecológica localizada em um Parque Botânico, no município de São Luís, Maranhão. O público visitante foi constituído de dezoito alunos do oitavo ano do Ensino Fundamental e duas professoras de Ciências oriundas de uma escola do mesmo município. Foram realizadas observações de visitas mediadas, assim como registros fotográficos das placas e gravações de vídeo no momento das visitas com o objetivo de registrar a fala do mediador e do público visitante. Para a análise foram utilizados o indicador Estético/Afetivo de Cerati (2014) e as tipologias de discurso de Orlandi (1987). No que se refere ao discurso expositivo encontrado na trilha, foi observado um conjunto de elementos textuais, tais como placas de interação, identificação e informação. Quanto às interações observadas, houve uma predominância do indicador referente à possibilidade de interação e contemplação dos objetos da exposição, o que evidenciou que as interações observadas permeiam em torno das interações manuais, mentais e culturais favorecendo a atribuição de novos significados e a possibilidade do jogo de sentidos, de modo que o discurso não seja limitado.
Downloads
Referências
ALLEN, L. B.; CROWLEY, K. J. Challenging beliefs, practices, and content: How museum educators change. Science Education, v. 98, n. 1, p. 84-105, 2014. Disponível em:http://upclose.pitt.edu/articles/2014%20Allen%20&%20Crowley%20Science%20Education.pdf
CERATI, T. M. Educação em jardins botânicos na perspectiva da alfabetização científica: análise de uma exposição e público. 2014. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. Disponível em: http://www.geenf.fe.usp.br/v2/wp-content/uploads/2012/09/T.M.CERATI-2014.pdf
COSTA, A. S. et al. O uso do método estudo de caso na Ciência da Informação no Brasil. InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 49-69, 2013. Disponível em: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2178-2075.v4i1p49-69
DE ABREU FERREIRA, L. N.; QUEIROZ, S. L. Textos de divulgação científica na formação inicial de professores de química. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, v. 5, n. 2, p. 43-67, 2012. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5007/%25x
DE MATTOS ROCHA, L. M. G. Discurso e comunicação: a “teia de significados possíveis” nos museus de antropologia. In: XVII Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação. 2016. Disponível em: http://www.ufpb.br/evento/lti/ocs/index.php/enancib2016/enancib2016/paper/viewFile/3814/2258
FREITAS, C. S. S. Trilhas Ecológicas Educativas em Espaços Não Formais no Parque Natural Municipal do Curió–Paracambi, RJ. 2017. Disponível: http://sigaguandu.org.br:8080/publicacoesArquivos/guandu/arq_pubMidia_Processo_190-2015.pdf
GOHN, M. G. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, v. 14, n. 50, p. 27-38, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v14n50/30405/
INTERNATIONAL COUNCIL OF MUSEUMS, ICOM status. Vienna, 2007. Disponível em: <http://icom.museum/the-vision/museum-definition/>.
HOOPER-GREENHILL, Eilean. Education, communication and interpretation: towards a critical pedagogy in museums. The educational role of the museum, v. 2, p. 3-27, 1999.
JACOBUCCI, D. F. C. Contribuições dos espaços não-formais de educação para a formação da cultura científica. Revista em extensão, v. 7, n. 1, 2008. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/revextensao/article/viewFile/20390/10860
LUDKE, M.; ANDRÉ, M. E. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. Em Aberto, v. 5, n. 31, 2011.
MARANDINO, M. O conhecimento biológico nas exposições de museus de ciências: análise do processo de construção do discurso expositivo. São Paulo, SP: Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, 2001. Disponível em: http://www.geenf.fe.usp.br/v2/wp-content/uploads/2012/09/marandino_2001.pdf
MARANDINO, M. A biologia nos museus de ciências: a questão dos textos em bioexposições. Ciênc. educ.(Bauru), p. 187-202, 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S151673132002000200004&script=sci_arttext&tlng=es
MARANDINO, M. Museus de ciências como espaços de educação. Museus: dos gabinetes de curiosidades à museologia moderna. Belo Horizonte: Argumentum, p. 165-176, 2005. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/46114/mod_resource/content/1/Texto/Educa%C3%A7%C3%A3o%20n%C3%A3o%20formal%20e%20museus.pdf
MARANDINO, M. Museus de Ciências, Coleções e Educação: relações necessárias. Museologia e Patrimônio, v. 2, n. 2, p. 1-12, 2009. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Martha_Marandino/publication/268241469_Museus_de_Ciencias_Colecoes_e_Educacao_relacoes_necessarias/links/54bd9a7e0cf218da9391b48d.pdf
MARANDINO, M. et al. Controvérsias em museus de ciências: reflexões e propostas para educadores. São Paulo: FEUSP, 2016. Disponível em: http://www.geenf.fe.usp.br/v2/wp-content/uploads/2016/09/Controv%C3%A9rsias-em-Museus-de-Ci%C3%AAncias.pdf
MARANDINO, M. Faz sentido ainda propor a separação entre os termos educação formal, não formal e informal. Ciência & Educação (Bauru), v. 23, n. 4, p. 811-816, 2017.Ciência e Educação., Bauru, v. 23, n. 4, p. 811-816. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v23n4/1516-7313-ciedu-23-04 0811.pdf
MARTINS, L. C. A constituição da educação em museus: o funcionamento do dispositivo pedagógico museal por meio de um estudo comparativo entre museus de artes plásticas, ciências humanas e ciência e tecnologia. 2011. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
MARTINS, H. H. T. Metodologia qualitativa de pesquisa. Educação e pesquisa, v. 30, n. 2, p. 289-300, 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v30n2/v30n2a07/pdf
MORTIMER, E. et al. Uma methodologia para caracterisar os generos de discurso como tipos de estrategias enunciativas nas aulas de Ciencias. A pesquisa em Ensino de Ciencias no Brasil: alguns recortes, Escrituras Editora, pp.53-94, 2007.
MOSQUEIRA, J. M. La exposición “cuerpo relaciones vitales” del parque explora-medellín: evaluación desde la perspectiva de laalfabetización científica. Trabajo de Investigación Fin de Máster (Máster Oficial: Investigación en la Enseñanza y el Aprendizaje de las Ciencias Experimentales, Sociais y temáticas), - Universidad Internacional de Andalucía. Universidad de Huelva, Huelva,. 154p, (2014).
OLIVEIRA, D. Biodiversidade em políticas públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação: caracterização e perspectivas na integração do fomento à divulgação e educação em ciências. 2016. Tese de Doutorado. Tese de Doutorado em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde. Brazil: Universidade Federal do Rio Grande–Associação ampla FURG/UFRGS/UFSM. Disponível em: https://sistemas.furg.br/sistemas/sab/arquivos/bdtd/0000011257.pdf
ORLANDI, E. P. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. Campinas: Pontes, 1987.
ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. In: Análise de discurso: princípios e procedimentos. 2009. p. 100-100.
ORLANDI, E. P. Paráfrase e polissemia: a fluidez nos limites do simbólico. Rua, v. 4, n. 1, p. 9-20, 1998.
QUEIROZ, R. et al. A caracterização dos espaços não formais de educação científica para o ensino de ciências. Revista Areté| Revista Amazônica de Ensino de Ciências, v. 4, n. 7, p. 12-23, 2017. Disponível em: http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R1579-2.pdf
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Conjecturas
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.