Vamos cantar Conquista? A construção do território e identidade conquistenses em músicas de Edigar Mão Branca

Autores

  • Mauricio de Oliveira Silva Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF
  • Thomas Leonardo Marques de Castro Leal Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
  • Tiago Ferraz Costa Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF
  • Marcos Anjos de Moura Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
  • Vivianni Marques Leite Dos Santos Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF

DOI:

https://doi.org/10.53660/CONJ-1379-W23

Palavras-chave:

Territorialidade, Pertencimento, Vitória da Conquista

Resumo

As músicas estão no imaginário cultural e fazem parte do território e da identidade de um povo, retratam o cotidiano dos lugares e expressam o simbolismo das forças que os modificam. O objetivo desse trabalho é fazer uma análise da construção do território e identidade conquistense, cantadas em duas músicas, sendo elas “Cantar Conquista” e “O Meu Chapéu” do artista baiano Edigar Mão Branca e por meio desta promover uma construção histórica e sociológica da importância da música popular na construção identitária de uma região. Como resultado, percebe-se nas músicas a evocação da questão identitária e territorial, já que as letras mostram aspectos da população em suas composições. Elas falam não apenas da área urbana, mas dos distritos e suas características, além das características do sertanejo ou catingueiro e da cultura deste grupo social, apresentando qualidades identitárias do conquistense e evocam o debate acerca das canções populares na construção identitária de um território.

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Publicado

2022-08-10

Como Citar

Silva, M. de O., Leal, T. L. M. de C. ., Costa, T. F. ., Moura, M. A. de, & Santos, V. M. L. D. . (2022). Vamos cantar Conquista? A construção do território e identidade conquistenses em músicas de Edigar Mão Branca. Conjecturas, 22(11), 143–161. https://doi.org/10.53660/CONJ-1379-W23