Sepse em pacientes politraumatizados vítimas de acidente de trânsito

Autores

  • Beatriz Bastos de Oliveira Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
  • Laura Menezes Silveira
  • Thaissa Pinto de Melo
  • Angelita Maria Stabile Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.53660/CONJ-2082-2U24

Palavras-chave:

Sepse, Politraumatismo, Infeção, Unidade de Terapia Intensiva

Resumo

O Brasil ocupa o quinto lugar em acidentes de trânsito, sendo o politraumatismo principal consequência desses eventos. Tendo em vista a gravidade das lesões, a vítima pode necessitar longos períodos de internação e, com isso, correr risco de desenvolver sepse. O objetivo deste estudo foi comparar as características de pacientes politraumatizados diagnosticados com sepse e os que não desenvolveram sepse. Estudo quantitativo do tipo caso-controle que foi desenvolvido em uma Unidade de Emergência do interior do Estado de São Paulo. Foram considerados casos aqueles que desenvolveram sepse durante a internação e controles aqueles que não desenvolveram sepse. Os dados foram coletados por revisão de prontuários. Foram incluídos 105 participantes, sendo 35 casos e 70 controles. A incidência de sepse foi de 33,9 casos novos para cada 1000 internações. Os pacientes que desenvolveram sepse necessitaram de maior tempo de internação e da realização de um número maior de procedimentos invasivos, além disso, a sepse aumentou em nove vezes a chance de óbito nos pacientes. Diante disso, a sepse pode impactar negativamente sobre o tempo de permanência hospitalar e sobre o desfecho da internação, resultando em grande perda de vidas.

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Publicado

2022-12-01

Como Citar

Oliveira, B. B. de, Silveira, L. M., Melo, T. P. de ., & Stabile, A. M. (2022). Sepse em pacientes politraumatizados vítimas de acidente de trânsito. Conjecturas, 22(16), 1161–1172. https://doi.org/10.53660/CONJ-2082-2U24