Mulheres na educação e o fenômeno “Teto de Vidro”: interface com os direitos humanos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53660/CONJ-2125-2X56

Palavras-chave:

Igualdade, Relações de gênero, Trabalho

Resumo

O propósito desse estudo é apresentar alguns pontos de reflexão acerca da trajetória profissional das mulheres na educação e o fenômeno “teto de vidro” a partir do princípio constitucional de igualdade, observando a presença de prerrogativas discriminatórias construídas pela sociedade a respeito dos papéis masculinos e femininos no ambiente de trabalho. A pesquisa bibliográfica e exploratória aborda temáticas relativas à participação da mulher no mundo do trabalho, a figura da mulher trabalhadora em educação, o fenômeno “teto de vidro”, estereótipos na construção da imagem profissional da mulher e o princípio de igualdade. Os resultados indicam que os estereótipos de gênero construídos ao longo da história ainda perduram, ocasionando padronizações referentes aos tipos de profissões consideradas masculinas e femininas. No entanto, foi constatado que as mulheres ainda buscam avanços no que diz respeito aos direitos humanos e o princípio de igualdade no mercado de trabalho e, mesmo a passos lentos, esta realidade vem se modificando, resultando em muitas conquistas femininas em diversos segmentos da sociedade.

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Biografia do Autor

Ana Maria Corrêa Silva, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Doutoranda em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Mestre em educação, pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - Campus do Pantanal, graduada em Pedagogia também pela UFMS, onde atuou como coordenadora discente do projeto de extensão universitária Pintando a Cara. Especialista em Educação Especial, pela Faculdade UNIVEST e Neuropedagogia, pela Faculdade de Tecnologia do Vale do Ivaí. Tem experiência em Educação com ênfase em educação social, atuou como coordenadora de cursos de graduação e pós graduação (Lato Sensu) no Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), polo de Naviraí-MS. Atualmente atua como docente na rede estadual e municipal no município de Naviraí.

Leonardo Felipe Gonçalves Duarte, Universidade Cidade de São Paulo

Mestrando do programa de pós graduação Stricto Sensu em Educação da Universidade Cidade de São Paulo, Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-CAPES (Edital 01/2021). Pós graduado em Pedagogia: gestão docência- PUC-PR. Graduado em Pedagogia pela Universidade Santo Amaro-UNISA. Realizo pesquisas na área de Educação com ênfase em Gênero e a presença masculina na educação infantil. Sou membro do grupo de pesquisa Educação Inclusiva e Políticas Públicas na linha de pesquisa Educação, Direitos Humanos e Diversidade da UNISA e do grupo de estudos e pesquisas em aprendizagem, desenvolvimento e inclusão na educação básica GEPADIEB. Professor da rede estadual de ensino do Mato Grosso do Sul. 

Rodrigo Gonçalves Duarte, Universidade Cidade de São Paulo

Professor da rede de ensino do estado do Mato Grosso do Sul, coordenador do Programa de Recomposição das Aprendizagens- PRA da E. E. Vinicius de Moraes- Naviraí-MS. É mestrando do programa de pós-graduação em Educação pela Universidade Cidade de São Paulo-UNICID, ao qual desenvolve uma pesquisa intitulada "A Implementação do Mais Paic no Cariri cearense" financiado pela CAPES (Edital 01/2021). É pós-graduado em Direitos humanos e questão social pela PUC-PR e Pedagogia: Gestão e Docência também pela PUC-PR. Graduando em Ciências Sociais (Licenciatura) pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul-UFMS. Graduado em Pedagogia e Filosofia pela Universidade Santo Amaro-UNISA. É membro da Rede de Estudos sobre Implementação de Políticas Públicas educacionais (REIPPE). Aluno pesquisador dos projetos financiados pela FAPESP "Implementação de políticas educacionais e equidade em contextos de vulnerabilidade social" (2021) e "Implementação de políticas educacionais e desigualdades frente a contextos de pandemia pelo covid-19" (2022). Membro do Projeto Arte & Resistência da UFMS/Campus Naviraí. Pesquisa sobre vários temas: Culturas; Políticas públicas educacionais; ensino de Filosofia e Ciências Sociais. Integrante dos grupos de pesquisa: GEFen ? Grupo de Estudos de Fenomenologia em Filosofia da USP e do grupo de pesquisa Implementação de Politicas Públicas Educacionais e Desigualdades-CNPq.

Maria Madalena Freitas Barbosa, Prefeitura de Naviraí

Graduada em pedagogia pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul-UFMS e em Letras pela Ideal Cursos. Pós-graduação lato sensu em Educação infantil e Neuropedagogia pela Rhema. Atualmente é efetiva na rede municipal de Naviraí. 

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Publicado

2022-12-15

Como Citar

Silva, A. M. C., Duarte, L. F. G., Duarte, R. G. ., & Barbosa, M. M. F. (2022). Mulheres na educação e o fenômeno “Teto de Vidro”: interface com os direitos humanos. Conjecturas, 24(1), 380–394. https://doi.org/10.53660/CONJ-2125-2X56

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Artigos