Fadiga muscular e intervenções por meio de suplementos ergogênicos: uma mini revisão bibliográfica
DOI:
https://doi.org/10.53660/CONJ-2355-23B07Palavras-chave:
Fadiga muscular; Bioquímica; SuplementaçãoResumo
A fadiga muscular é comumente presente em praticantes de atividades físicas e profissionais da área esportiva. Esta fadiga é associada à produção de ácido lático e acidose. Entretanto, a literatura aponta que a causa é multifatorial, podendo ser dividida em central e periférica. Porém, muitos autores sugerem que os mecanismos envolvidos em ambas se relacionam. Embora comum, a fadiga pode se tornar um problema quando pensamos em alto rendimento, pois a capacidade de resistir a fadiga está diretamente relacionada com a performance. Sabe-se que a suplementação de ergogênicos pode auxiliar, cabendo, este tipo de intervenção, ao profissional de nutrição auxiliado pelo profissional de educação física. Portanto o presente trabalho objetivou apresentar alguns conceitos relacionados à fadiga como também meios de atenuá-la e/ou retardá-la através da suplementação de bicarbonato de sódio, beta-alanina, creatina, cafeína e “pré-treino”. Isto foi feito por meio de uma revisão bibliográfica narrativa, abordando as diferentes dosagens, momentos de administração e diferentes modalidades esportivas.
Downloads
Referências
Agnol TD, Souza PFAd. Efeitos fisiológicos agudos da taurina contida em uma bebida energética em indivíduos fisicamente ativos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2009; 15: 123-6.
Altimari LR, Okano AH, Trindade MCC, Cyrino ES, Tirapegui J. Efeito de oito semanas de suplementação com creatina monoidratada sobre o trabalho total relativo em esforços intermitentes máximos no cicloergômetro de homens treinados. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. 2006; 42(2): 237-44.
Andrade MF. Avaliação do efeito da suplementação oral de creatina em curto prazo sobre a força e a composição corporal em indivíduos fisicamente ativos e não atletas. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade Católica de Brasília. 2005.
Ascensão M, Magalhães J, Oliveira J, Duarte J, Soares J. Fisiologia da fadiga muscular. Delimitação conceptual, modelos de estudo e mecanismos de fadiga de origem central e periférica. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. 2003; 3(1): 108-123.
Backhouse SH, Biddle SJ, Bishop NC, Williams C. Ingestão de cafeína, afeto e esforço percebido durante o ciclismo prolongado. Apetite. 2011; 57(1): 247-52.
Baguet A, Reyngoudt H, Pottier A, Everaert I, Callens S, Achten E, et al. Carnosine Loading and Washout in Human Skeletal Muscles. Journal of applied physiology. 2009; 57(1): 247-252.
Balsom PD, Soderlund K, Sjodin B, Ekblom B. Skeletal Muscle Metabolism During Short Duration High-intensity Exercise: Influence of Creatine Supplementation. Acta Physiologica Scandinavica. 1995; 154(3): 303-10.
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 18, de 27 de abril de 2010. Aprova o regulamento técnico sobre alimentos para atletas.
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-Re nº4502, de 09 de novembro de 2020. Aprova o regulamento técnico sobre alimentos para atletas.
Cappelletti S, Daria P, Sani G, Aromatario M. Caffeine: cognitive and physical performance enhancer or psychoactive drug? Current neuropharmacology. 2015; 13(1): 71-88.
Carr AJ, Slater GJ, Gore CJ, Dawson B, Burke LM. Effect of sodium bicarbonate on [HCO3−], pH, and gastrointestinal symptoms. International journal of sport nutrition and exercise metabolism. 2011; 21(3): 189-194.
Chen HY, Chen YC, Tung K, Chao HH, Wang HS. Effects of caffeine and sex on muscle performance and delayed-onset muscle soreness after exercise-induced muscle damage: a double-blind randomized trial. Journal of Applied Physiology. 2019; 127(3): 798-805.
Cordeiro Lea. Physical exercise-induced fatigue: the role of serotonergic and dopaminergic systems. Brazilian journal of medical and biological research. 2017; 50.
Cruz-Jentoft AJ. Sarcopenia: o que um farmacêutico deve saber? Farmácia Hospitalaria. 2017; 41(4): 543-9.
Debold EP. Recent insights into muscle fatigue at the cross-bridge level. Front Physiols. 2012; 3: 151.
Do Nascimento OV, Amaral AdS. Efeitos da suplementação de creatina sobre o desempenho humano: uma revisão de literatura. BIUS-Boletim Informativo Unimotrisaúde em Sociogerontologia. 2020; 21(15): 1-20.
Drozak J, Veiga da Cunha M, Vertommen D, Stroobant V, Van Schaftingen E. Molecular Identification of Carnosine Synthase as Atp-Grasp Domain-Containing Protein 1 (ATPGD1). Journal of Biological Chemistry. 2010; 285(13): 9346-9356.
Enoka RM, Duchateau J. Muscle fatigue: what, why and how it influences muscle function. The Journal of physiology. 2008 Janeiro; 586(1): 11–23.
Felippe LC. Efeito da ingestão de bicarbonato de sódio no desempenho em exercícios intermitentes de alta intensidade: uma revisão sistemática. ACTA Brasileira do Movimento Humano. 2013; 3(2): 19-42.
Gandevia S. Spinal and supraspinal factors in human muscle fatigue. Physiol Rev. 2001; 81(4): 1725-89.
Gladden LB. Lactate Metabolism: a new paradigm for the third millennium. J Physiol. 2004 Julho; 558(1): 5-30.
Green Nea. Effect of Oral Cr Supplementation, in Muscle Concentration. J Appl Physiol. 1997; 271(34): 821-6.
Grgic Jea. Posição da Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva: bicarbonato de sódio e desempenho no exercício. Revista da Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva. 2021; 18(1): 1-37.
Gualano Bea. Effects of creatine supplementation on glucose tolerance and insulin sensitivity in sedentary healthy males undergoing aerobic training. Amino acids. 2008; 34(2): 245-250.
Hanna RM, Ghobry L, Wassef O, Rhee CM, Kalantar-Zadeh K. A Practical Approach to Nutrition, Protein-Energy Wasting, Sarcopenia, and Cachexia in Patients with Chronic Kidney Disease. Blood Purification. 2020; 49(1-2): 202-11.
Harty PS, Zabriskie HA, Erickson JL, Molling PE, Kerksick CM, Jagim AR. Multi-ingredient pre-workout supplements, safety implications, and performance outcomes: A brief review. ournal of the International Society of Sports Nutrition. 2018; 15(1): 1-28.
Hill CA, Harris RC, Kim HJ, Harris BD, Sale C, Boobis LH, et al. Influence of Beta-Alanine Supplementation on Skeletal Muscle Carnosine Concentrations and High Intensity Cycling Capacity. Amino Acids. 2007; 32(2): 225-233.
Hobson RM, Saunders B, Ball G, Harris RC, Sale C. Effects of β-Alanine Supplementation on Exercise Performance: A Meta-Analysis. Amino Acids. 2012; 43(1): 25-37.
Jagim A R ea. The acute effects of multi-ingredient pre-workout ingestion on strength performance, lower body power, and anaerobic capacity. J Int Soc Sports Nutr. 2016; 13(11).
Kenney WL, Costill DL. Fisiologia do esporte e do exercício. 5th ed. Barueri: Manole; 2013.
Lane MT, Byrd MT. Effects of pre-workout supplements on power maintenance in lower body and upper body tasks. Journal of Functional Morphology and Kinesiology. 2018; 3(1): 11.
Lutsch DJ, Camic CL, Jagim AR, Johnston NJ, Musgjerd TL. Acute effects of a multi-ingredient pre-workout supplement on 5-km running performance in recreationally-trained athletes. International journal of exercise science. 2019; 12(2): 1045.
Machado VHdS. Avaliação da adequação da rotulagem de suplementos pré-treino para atletas. 2015.
Magistretti PJ, Allaman I. Lactate in the brain: from metabolic end-product to signalling molecule. Nature Reviews Neuroscience. 2018; 19(4): 235-249.
Marques Junior NK. Mecanismos fisiológicos da fadiga. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. 2015; 9(56): 671–720.
Matsui Tea. Astrocytic glycogen-derived lactate fuels the brain during exhaustive exercise to maintain endurance capacity. Proceedings of the National Academy of Sciences. 2017; 114(24): 6358-6363.
MCardle WD, Katch FI, Katch VL. Fisiologia do exercício: nutrição, energia e desempenho humano. 8th ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2017.
McNaughton LR. Bicarbonate ingestion: effects of dosage on 60 s cycle ergometry. Journal of sports sciences. 1992; 10(5): 415-423.
McNaughton LR, Siegler J, Midgley A. Ergogenic effects of sodium bicarbonate. Current sports medicine reports. 2008; 7(4): 230-236.
Medicina CFd. Medicamentos e suplementos nos exercícios e esportes: dopagem e antidopagem, orientações de uso, riscos à saúde, responsabilidade profissional. [Online].; 2018 [cited 2021 Agosto 03. Available from: http://www.cbc.esp.br/img/governanca/medicina_esporte.pdf.
Mielgo-Ayuso J, Calleja-Gonzalez J, Del Coso J, Urdampilleta A, León-Guereño P, Fernández-Lázaro D. Suplementação de cafeína e desempenho físico, dano muscular e percepção de fadiga em jogadores de futebol: uma revisão sistemática. Nutrientes. 2019; 11(2): 440.
Moneta JC. Effect of Creatine Supplementation on Aerobic Performance and Anaerobic Capacity in Elite Rowers in the Course of Endurance Training. nternational Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism. 2003; 13(2): 173- 183.
Moraes MR, Simões HG, Campbel CSG, Baldissera V. Suplementação de Monoidrato de Creatina: Efeitos Sobre a Composição Corporal, Lactacidemia e Desempenho de Nadadores Jovens. Motriz. 2004; 10(1).
Moreira PVS, Teodoro BG, Neto AMM. Bases neurais e metabólicas da fadiga durante o exercício. Bioscience Journal. 2008; 24(1).
O'Connor PJ, Cook DB. Exercise and Pain: The Neurobiology, Measurement, and Laboratory Study of Pain in Relation to Exercise in Humans. Exercise and sport sciences reviews. 1999; 27(1): 119-166.
Olivoto RRea. Fadiga: revisão integrativa com base nos conceitos de fisiologia, bioquímica e biofísica. Ciência em Movimento. 2020; 22(43): 35-51.
Peralta J, Amancio OMS. A Creatina como Suplemento Ergogênico para Atletas. Revista de Nutrição. 2002; 15(1): 83-93.
Petrovic Sea. Identification of a basolateral Cl−/HCO 3− exchanger specific to gastric parietal cells. American Journal of Physiology-Gastrointestinal and Liver Physiology. 2003; 284(6): 1093-1103.
Pinto CL, Painelli VdS, Junior AHL, Artioli GG. Lactato: de causa da fadiga a suplemento ergogênico?. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. 2014; 22(2): 173–181.
Powers SK, Howley ET. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento físico e ao desempenho. 9th ed. São Paulo: Editora Manole Ltda; 2017.
Robergs RA, Ghiasvande F, Parker D. Biochemistry of exercise-induced metabolic acidosis. American journal of physiology. 2004 Setembro; 287(3): 502-516.
Rossi L, Tirapegui J. Aspectos atuais sobre exercício físico, fadiga e nutrição. Rev Paul Educ Fís. 1999; 13(1): 67-82.
Santos VGF, Santos VR, Felippe LJ, Almeida Junior JW, Bertuzzi R, Kiss MA, et al. A cafeína reduz o tempo de reação e melhora o desempenho na competição simulada de taekwondo. Nutrientes. 2014; 6(2): 637-49.
Saunders Bea. β-alanine supplementation to improve exercise capacity and performance: a systematic review and meta-analysis. British Journal of Sports Medicine. 2017; 51(8): 658-669.
Silva AEL, Oliveira FRd, Gevaerd MdS. Mecanismos de fadiga durante o exercício físico. Rev. bras. cineantropom. desempenho hum. 2006.
Silva FBVd, Teixeira IA, Didoné JR. Efeitos da suplementação de cafeína sobre a fadiga muscular em praticantes de atividades físicas: uma revisão integrativa. 2021.
Secher NH, Seifert T, Van Lieshout JJ. Cerebral blood flow and metabolism during exercise: implications for fatigue. Journal of applied physiology. 2008; 104(1): 306-314.
Stegen S, Blancquaert L, Everaert I, Bex T, Taes Y, Calders P, et al. Meal and Beta-Alanine Coingestion Enhances Muscle Carnosine Loading. Medicine & Science in Sports & Exercise. 2013; 45(8): 1478-85.
Stellingwerff T, Anwander H, Egger A, Buehler T, Kreis R, Decombaz J, et al. Effect of Two Β-Alanine Dosing Protocols on Muscle Carnosine Synthesis and Washout. Amino acids. 2012; 42(6): 2461-72.
Stevenson SW, Dudley GA. Carga de creatina, desempenho do exercício de resistência e mecânica muscular. Journal of Strength and Conditioning Research. 2001; 15(4): 413-9.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Conjecturas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.