A função pedagógica do mito: reflexões sobre as personagens de Pandora e Eva
DOI:
https://doi.org/10.53660/CONJ-250-101Palavras-chave:
Mito, Práticas Pedagógicas, MachismoResumo
O objetivo deste ensaio é discutir a função pedagógica das narrativas míticas, a partir do paralelo entre os mitos de Pandora no mundo grego e a Queda ou Tentação de Eva no Paraíso. Buscou-se nas duas narrativas a evidência de linguagens que denotem sentimentos machistas de ambas as sociedades onde tiveram origens estes mitos. De per si, há uma semelhança entre as duas narrativas no que tange à contribuição da mulher para a desgraça do homem e do mundo que o cerca. A imagem feminina – representada por Pandora e Eva – aparece nos dois contextos como curiosa, frágil e facilmente enganada pela sedução do mal. Ressalta-se que um dos objetivos dos mitos é o caráter pedagógico, uma vez que eles sempre deixam algum tipo de ensinamento, o que também é evidenciado neste texto. Para além dessa questão buscou-se discutir a importância do mito em sala de aula, e de que maneira ele pode colaborar para a discussão de temas transversais, tais como o machismo, a depreciação da mulher em face ao homem, dentre outros. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que tem como base os pressupostos teóricos de Campbell (1990), Eliade (1989), Barthes (2015), Geraldi (2011), Silva (2017) entre outros.
Downloads
Referências
CAMPBELL, J. O Poder do Mito. São Paulo: Palas Athena.1990.
CANDAU, Vera Maria (Org.). Rumo uma Nova Didática. 23. ed. Petrópolis: Vozes, 2013.
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Bíblia Sagrada. Tradução da CNBB. Brasília: CNBB, 2012.
ELIADE, M. Aspectos do Mito, Edições 70, Lisboa. 1989
_______Mito e Real idade Debate e Filosofia. São Paulo: Perspectiva. 1972.
FREIRE. P. Paulo Freire adere ao SULear: Extratos de Paulo Freire e Ana Maria “Nita” Freire sobre SULear. Disponível em: Acessado em: 13 Jan.2019
________Pedagogia do Oprimido 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GRAMSCI. A. Caderno do cárcere. Os Intelectuais. O princípio educativo. Jornalismo, v. 2, 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2004. p. 21.
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projeto de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
HEFESTO (VULCANO). In: CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain, [et al]. Dicionário de Símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. Tradução de Vera da Costa Silva [et. al.]. 23. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009. p. 485.
MATTALLO JUNIOR, Heitor. MITO, METAFÍSICA, CIÊNCIA E VERDADE. In: CARVALHO, Maria Cecília M. de (Org). Construindo o Saber: metodologia científica, fundamentos e técnicas. 15. ed. Campinas: Papirus, 2003. p. 29-37.
NICOLESCU, B. A Evolução transdisciplinar a universidade condição para o desenvolvimento sustentável. Disponível em: <http://ciret-transdisciplinarity.org/bulletin/b12c8por.php#>. Acessado em. <12 Mar. 2019>.
NOGUERA, Renato. Denegrindo a educação: Um ensaio filosófico para uma pedagogia da pluriversalidade. Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação. Número 18: maio- out/2012, p. 62-73.
PANDORA. In: CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain, [et al]. Dicionário de Símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. Tradução de Vera da Costa Silva [et. al.]. 23. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009. p. 680-681.
RAMOSE, B M. Sobre a Legitimidade e o Estudo da Filosofia Africana. Ensaios Filosóficos, Volume IV - outubro/2011 p. 11. Disponível em: <http://www.ensaiosfilosoficos.com.br/Artigos/Artigo4/RAMOSE_MB.pdf>. Acessado em: <12 Mar. 2019>
SPIVAK, G.C. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: UFMG 2010, p. 16-17.
WALSH, Catherine. Interculturalidad critica/ pedagogia decolonial. (2007). In: Anais do Seminário Internacional Diversidad, Interculturalidad y Construcción de Ciudad. Bogotá: Universidad Pedagógica Nacional.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Conjecturas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.