Precarização do trabalho na economia do compartilhamento: a perspectiva de lideranças de associações e de usuários
DOI:
https://doi.org/10.53660/CONJ-271-210Palavras-chave:
Precarização do trabalho, Uberização, Economia de plataforma, Empresas-aplicativo, EmpreendedorismoResumo
A economia do compartilhamento revela-se alternativa aos ambientes de trabalho tradicionais. Propondo ideias de liberdade e flexibilidade, na verdade, sua principal característica é a isenção de responsabilidade em relação aos trabalhadores; caracterizando a precarização nas relações de trabalho. Este trabalho analisou aspectos desta realidade sob a perspectiva de lideranças de associações de trabalhadores e de usuários de serviços na cidade de Natal RN. A pesquisa foi realizada em duas etapas. A primeira, através de entrevistas com os líderes; e a segunda, um questionário com usuários dos serviços. Os resultados permitem concluir que o processo de precarização vivenciado pelos trabalhadores envolvidos oferece um quadro de insegurança e desproteção social com plena fragilidade laboral.
Downloads
Referências
ALVES, G. O que é precariado? São Paulo: Boitempo, 2013. Disponível em: https://blogdaboitempo.com.br/2013/07/22/o-que-e-o-precariado/. Acesso em: 5 abr. 2020.
ANTUNES, R. O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo, 2018.
ANTUNES, R.; BRAGA, R. (orgs.). Infoproletários: degradação real do trabalho virtual. São Paulo: Boitempo, 2009.
ANTUNES, R.; FILGUEIRAS, V. Plataformas Digitais, Uberização do trabalho e regulação no capitalismo contemporâneo. Contracampo, Niterói, v. 39, n. 1, p. 27-43, abr./jul. 2020.
BARRIBALL, K. L.; WHILE, A. Collecting data using a semi-structured interview: a discussion paper. Journal of Advanced Nursing, v. 19, p. 328-335, 1994
BERGVALL‐KAREBORN, B.; HOWCROFT, D. Amazon Mechanical Turk and the commodification of labour. New Technology, work and employment, n. 29, p. 213-223, 2014. DOI: doi.org/10.1111/ntwe.12038.
BOTSMAN, Rachel; ROGERS, Roo. O que é meu é seu: como o consumo colaborativo vai mudar o nosso mundo. Porto Alegre: Bookman, 2011.
BRAGA, R. A política do precariado: do populismo à hegemonia lulista. São Paulo: Boitempo, 2012.
CHESNAIS, François. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996.
CRESWELL, J. W. Investigação qualitativa e projeto de pesquisa: escolhendo entre cinco abordagens. Porto Alegre: Penso, 2014.
DARDOT, P.; LAVAL, C. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo. 2017.
DAVIDOV, G.; FREEDLAND, M.; KOUNTOURIS, N. The Subjects of Labour Law: Employees and other Workers in Finkin, M., and Mundlak, G. Cheltenham, UK: Comparative Labor Law, 2017.
DEGRYSE, C. Digitisation of the economy and its impact on labour markets. Working Paper, 2016.
GRISWOLD, A. Uber Limits Driver Hours in the US to Reduce Crashes from Drowsy Driving. Quartz, 2018. Disponível em: https://qz.com/1204615/uber-is-getting-serious-about-keeping-drowsy-drivers-off-the-road/. Acesso em: 8 jan. 2021.
KITTUR, A. et al., The future of gig work. [S.l.]: CSCW. 2013.
KLEIN, S. Fictitious freedom: a Polanyian critique of the republican revival. American journal of political science, 2017. DOI:10.1111/ajps.12317.2017.
LUSTIG, C. et al. Algorithmic Authority: The Ethics, Politics, and Economics of Algorithms That Interpret, Decide, and Manage. In: CHI EA ‘16. Proceedings of the CHI Conference on Human Factors in Computing Systems (Extended Abstracts), San Jose, CA, maio 7-12, New York, NY: ACM.2016. p. 1057-1062.
MOORE, P. The quantified self in precarity: work, technology, and what counts. London: Routledge, 2018.
MORSE, J. M. Biased reflections: Principles of sampling and analysis in qualitative inquiry. In: POPAY, J. (ed.). Moving beyond effectiveness in evidence synthesis: methodological issues in the synthesis of diverse sources of evidence. London: National Institute for Health and Clinical Excellence, 2006.
POWERS, S.; JABLONSKI, M. The real cyber war: the political economy of internet freedom. Chicago, IL: University of Illinois Press, 2015.
PRIBERAM, Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2006. https://dicionario.priberam.org. ISBN 9729919127
ROSENBLAT, A. The truth about how uber’s app manages drivers. Harvard Business Review, 2016. Disponível em: https://hbr.org/2016/04/the-truth-about-how-ubers-app-manages-drivers. Acesso em: 12 jan. 2021.
SLEE, Tom. Uberização: a nova onda do trabalho precarizado. São Paulo: Elefante, 2017.
SRNICEK, N. Platform capitalism. Cambridge, UK: Polity Press. 2017.
STANDING, G. Basic Income: and how we can make it happen. Lauro de Freitas: Editora Pelicano. 2017b.
STANDING, G. O principal inimigo do precariado é o Estado. O Estado de São Paulo, especial Trabalho. 2017a. https://infograficos.estadao.com.br/focas/planeje-sua-vida/principal-inimigo-do-precariado-e-o-estado-diz-economista-britanico. Acesso em: 30 set. 2020.
TICONA, J; MATEESCU, A., ROSENBLAT, A. Beyond Disruption How Tech Shapes Labor Across Domestic Work & Ridehailing. Data e Society, 2018.
VALENDUC, G.; VENDRAMIN, P. Work in the digital economy: sorting the old from the new. Working Paper, 2016.
WEST, S. M. Data capitalism: redefining the logics of surveillance and privacy. Business e Society, 2017. DOI:10.1177/0007650317718185.2017.
ZUBOFF, S. Big Other: surveillance capitalism and the prospects of an information civilization. Journal of Information Technology, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Conjecturas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.