As implicações do uso do álcool gel na microbiota das mãos durante a pandemia.

Autores

  • Jenyffer Sylvia Saraiva Rosa Grupo UNIS
  • Pedro Augusto Ramos Vanzele Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, FCF-USP, São Paulo, São Paulo Brasil
  • Hadassa Christina de Azevedo Soares dos Santos Centro Universitário Sul de Minas, Grupo UNIS, Varginha, Minas Gerais, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.53660/CONJ-304-507

Palavras-chave:

Microbioma, Álcool gel, Bactérias, Pandemia e Desequilíbrio

Resumo

A superfície epitelial da pele é colonizada por diversos microrganismos que coletivamente são chamados de microbioma. As bactérias presentes normalmente nesse ambiente são necessárias para aumentar a imunidade e resistência a infecção por outros microrganismos. Quando há um desequilíbrio nessa microbiota em questão, outros microrganismos, patogênicos ou não, podem se proliferar e ocasionar doenças. Inúmeros fatores podem ser elencados como contribuintes para gerar esse desequilíbrio e, um deles, seria o uso de agentes químicos durante a higienização. O presente estudo teve como objetivo avaliar alterações no microbioma das mãos decorrentes do uso frequente do álcool gel e verificar com outros estudos para saber se tem semelhança com profissionais da saúde. Como resultados mais importantes, a presença de Staphylococcus coagulase -, Staphylococcus aureus, Corynebacterium sp.,Micrococcus sp., Escherichia coli e Bastonetes Gram +, coincidindo com outras pesquisas de relevância. Com a pandemia de COVID-19, muito se discute sobre a utilização do álcool gel e, sendo ele um componente químico, é importante investigar os danos que pode trazer à microbiota natural da pele, porém o álcool é um componente químico e como tal, pode causar danos no futuro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

<https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lis-23083> Acesso em 19 de Outubro de 2020.

<https://www.cosmeticsonline.com.br/ct/painel/class/artigos/uploads/9eb2a-CT304_Integra.pdf> Acesso em 19 de Outubro de 2020.

BATISTA, É. S. et al. Efficacy of hand hygiene products: A quasi-experimental study / Eficácia de produtos de higienização das mãos: estudo quase-experimental. Revista de Enfermagem da UFPI, v. 10, n. 1, 2021.

BERNARDO, A.; SANTOS, K.; SILVA, D. Pele: alterações anatômicas e fisiológicas do nascimento à maturidade. Revista Saúde em Foco., v. 19, n. 11, p. 1221-1233, 2019.

CATHARIN, C. W. Álcool gel: um item indispensável para sair de casa? Gestão & Tecnologia Faculdade Delta. v. 1, n. 30, p. 4-5, 2020.

CHEN, E.; FISCHBACK, M.; BELKAID, R. Skin microbiota-host interactions. Nature. v.24, n. 89, p. 427-436, 2018.

DOMANSKY, C.R; BORGES, L.E. Manual para prevenção de lesões de pele. Recomendações baseadas em evidências. Rio de Janeiro: Editora Rubio,2012.

DRÉNO,B.; ARAVIISKAIA, E.; BERARDESCA, E.; GONTIJO,G.; SANCHEZ, M.; XIANG, L.; MARTIN,R.; BIEBER, T. Microbiome in healthy skin, update for dermatologists. Journal of the European Academy of Dermatology and Venerology: JEADV. vol 30, n. 12, 2016.

GAUER, D.; SILVIA, G. Análise qualitativa e quantitativa da microbiota das mãos dos funcionários de um posto de saúde. Revista Brasileira de Análises Clínicas. 2016

GONÇALVES,R. M. V; GORREIS,T. F; SORDI,R. M; SOUZA,E; RODRIGUES, N. H. Higiene das mãos em tempos de pandemia. Revista Eletrônica Acervo Enfermagem, v. 12, p. 7944, 2021.

GRICE, E.; SEGRE, J. The skin microbiome. Nature reviews. Microbiology. v. 9, n. 4, p. 244-253, 2011.

MINISTÉRIO DA SAÚDE; Protocolo de Manejo clínico da Covid-19 na atenção a saúde. vol.1, Brasília 2020.

NOGUEIRA, T. L. et al. Avaliação da prática da higienização das mãos em tempos de pandemia. Archives of Health, v. 2, n. 3, p. 422–429, 2021.

OLIVEIRA, E.D.; LEMOS, I.N. Ação viricida do álcool gel. Diversitas Journal. v. 6, n. 1, p. 757-768, 2021.

OLIVEIRA, P. K. Análise da composição bioquímica da pele por espectroscopia Raman. 2011. 79 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Biomédica)- Universidade do Vale do Paraíba, São José dos Campos, 2011.

QUEIROZ, J.P.N. O microbiota e o ser humano. Tese de Doutorado. Universidade de Coimbra. 2017.

ROCHA, L.A. Microbioma das mãos de enfermeiras, estudantes universitários e técnicos de laboratório associada à lavagem higiénica, 2007.

RODRIGUES, D.A., et al. Atlas de dermatologia em povos indígenas. São Paulo: Editora Unifesp. Doenças causadas por bactérias, p. 45-58, 2010.

SANFORD, J.; GALLO, R.. Functions of the skin microbiota in health and disease. Seminars in immunology. vol. 25, n. 5, p. 370- 377, 2013.

SCHOMMER, N.; GALLO, R. Structure and function of the human skin microbiome. Trends Microbiol. vol. 21, n. 12, p. 660-668, 2013.

SHIMOYA-BITTENCOURT, W. et al. Higienização simples e o uso do álcool 70% no controle de microrganismos das mãos em universitários da área da saúde. Fisioterapia Brasil, v. 20, n. 3, p. 376–383, 2019.

SIVIERI, K., et al. Microbiota da pele: novos desafios. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 50, n. 1, p. 93-112, 2021.

TASSINARY, João. (2019). Raciocínio clínico aplicado á estética facial. Ed. Estética experts. 32-42 p.

TWO, A, et al. The Cutaneous Microbiome and Aspects of Skin Antimicrobial Defense System Resist Acute Treatment with Topical Skin Cleansers. Journal of investigative dermatology. v. 136, n. 10, p. 1950-1954, 2016.

WILSON, E.; NURINOVA, N.; ZAPKA, C.; FIERER, N.; WILSON, M. Review of human hand microbiome research. J Dermatol Sci.,2015.

Downloads

Publicado

2021-11-17

Como Citar

Rosa, J. S. S. ., Vanzele, P. A. R., & Santos, H. C. de A. S. dos. (2021). As implicações do uso do álcool gel na microbiota das mãos durante a pandemia. Conjecturas, 21(5), 631–643. https://doi.org/10.53660/CONJ-304-507

Edição

Seção

Artigos