A publicidade como signo transbordante. Ecologia publicitária na pesquisa e na prática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53660/CONJ-366-821

Palavras-chave:

ecologia publicitária, publicidade, signo transbordante, consumo, marcas

Resumo

Este artigo tem como ponto de partida as múltiplas expressividades e interações midiáticas que ocorrem cotidianamente em grande velocidade e transversalidade, envolvendo marcas e consumidores em meios e plataformas as mais variadas, numa complexa ecologia publicitária. O recorte que utilizaremos é o entendimento do signo-Publicidade como uma entidade transbordante, que se amplifica e evolui ao pensarmos na tríade peirceana: como estética, linguagem e formato; como relação, finalidade e experiência; e como lógica, valor e estrutura que se expande para muito além do seu território inicial. Para isso, problematizamos o assunto abordando evoluções e alterações significativas nas estratégias de comunicação desenvolvidas pelas empresas, agências e múltiplos parceiros de comunicação e, por outro lado, retomamos movimentações teóricas sobre a Publicidade a fim de compreender o fenômeno do transbordamento e suas consequências.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Silvio Sato, Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM

Doutor e Mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (PPGCOM-USP). Publicitário. Professor da ESPM-SP. Membro do GESC3 – Grupo de Estudos Semióticos em Comunicação, Cultura e Consumo. E-mail: silviosato@yahoo.com

Referências

BARTHES, R. Réthorique de l’image. Communications. Paris: Seuil, 1964

________. Mitologias. São Paulo: Difel, 1972

BAUDRILLARD, J. Sistema dos objetos. São Paulo: Perspectiva, 2002.

BAUMAN, Z. Vida para o consumo. A transformação das pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Zahar, 2008

CANEVACCI, M. Fetichismos visuais. São Paulo: Ateliê, 2008

_________. Culturas eXtremas. Rio de Janeiro: DP &A, 2005

CASAQUI, V. Por uma teoria da publicização: transformações no processo publicitário. Significação: Revista de Cultura Audiovisual, v. 36, p. 131-151, 2011.

________. A esfera simbólica da produção - estratégias de publicização do mundo do trabalho na mídia digital. Rumores (USP), v. 6, p. 164, 2009.

CASTRO, M. L. A chamada promocional: lógicas e estratégias. Animus (Santa Maria), v. XIII, p. 69-82, 2009.

________. Da publicidade ao conceito de promocionalidade: percursos e desafios. In: Trindade, E.; Perez, C. (Org.). E-book. Por uma publicidade livre sempre. 3ed. São Paulo: Inmod/ABP2/PPGCom-ECA-USP, 2013, v. 1, p. 582-598.

COVALESKI, R. Publicidade híbrida. Curitiba: Maxi Editora, 2010.

________. Idiossincrasias publicitárias Curitiba: Maxi Editora, 2013.

DINALLO, E. Meeting points. São Paulo: Cobra, 1999

GIDDENS, A. As consequências da modernidade. São Paulo: Unesp, 1991

______. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002

HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. 7ª. ed. Rio de Janeiro. DP&A, 2002.

HAUG, W. F. Crítica da estética da mercadoria. São Paulo: Unesp, 1997.

JENKINS, H. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2009.

______. FORD, S.; GREEN, J. Spreadable media. Creating value and meaning in a networked culture. New York: New York University Press, 2013.

KLEIN, N. No Logo. Rio de Janeiro: Record, 2002

LIPOVETSKY, G. O Império do efêmero. São Paulo: Cia das Letras, 2009

______; CHARLES, S. Os tempos hipermodernos. São Paulo: Barcarolla, 2004

______; SERROY, J. La cultura-mundo. Respuesta a uma sociedade desorientada. Barcelona: Anagrama, 2010

______. A estetização do mundo. Viver na era do Capitalismo artista. São Paulo: Cia das Letras, 2015

MACHADO, M.; BURROWES, P. RETT, L. Para ler a publicidade expandida em favor da literacia midiática dos discursos das marcas. Anais do Encontro Anual da Compós, 2017

MORIN, E.; LE MOIGNE, J.L. A Inteligência da Complexidade. São Paulo: Petrópolis, 2000.

______. Cultura de massas do século XX: o espírito do tempo I: neurose. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005

NERY ATEM, G.; OLIVEIRA, T.M. & AZEVEDO, S.T. (orgs.) Ciberpublicidade: discurso, experiência e consumo na cultura transmidiática. Rio de Janeiro: Faperj/e-papers, 2014.

PEIRCE, C.S. Semiótica. São Paulo: Perspectiva, 1995

PEREZ, C. Signos da Marca. São Paulo: ThomsonLearning, 2004.

_______. Há limites para o consumo? São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2020

_______. Condições antropossemióticas do negro na publicidade contemporânea. In: BATISTA, L. & LEITE, F. (orgs.) O Negro nos espaços publicitários brasileiros. São Paulo: ECA USP/CONE, 2011.

_______ & BARBOSA, I. Hiperpublicidade 1. São Paulo: ThomsonLearning, 2007a.

_______. Hiperpublicidade 2. São Paulo: ThomsonLearning, 2007b.

_______; TRINDADE, E. Marketing e tendências de consumo. In BRITO, C. & LENCASTRE, P. Novos horizontes do marketing. Lisboa: D.Quixote, 2014.

_______; SATO, S. Os múltiplos sentidos da cena midiática contemporânea. In Tríade, v.1, n.2, Sorocaba: Uniso, 2013.

_______; CORREA, V. A. Estética do consumo: uma perspectiva a partir da ecologia publicitária. Revista Visualidades, v.2, 2018, pp. 301-3017

ROCHA, E. & PEREIRA, C. (orgs) Cultura e imaginação publicitária. Rio de Janeiro: Mauad, 2013.

_______. Juventude e consumo. Rio de Janeiro: Mauad, 2009.

SANTAELLA, L. A ecologia pluralista da comunicação. Conectividade, mobilidade, ubiquidade. São Paulo: Paulus, 2010.

_______. As linguagens como antídotos ao midiacentrismo. Revista Matrizes. São Paulo, v.1,

n.1, 2007, p.75-97. Disponível em: < http://www.matrizes.usp.br/index.php/ matrizes /article/view/27/39 >. Acesso em: julho de 2016.

SANTOS, J. Sobre tendências e o espírito do tempo. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2013.

SCOLARI, C.A. Narrativas Transmedia: quando todos os médios cuentam. Barcelona: Centro Libros PAPF, S.L.U., 2013.

SLOTERDIJK, P. Sphären I – Blasen. Frankfurt: Suhrkamp, 1998.

_______. Sphären II – Globen. Frankfurt: Suhrkamp, 1999.

_______. Sphären III – Schäume. Frankfurt: Suhrkamp, 2004.

TRINDADE, E. A publicidade e a modernidade-mundo: as representações de pessoa, espaço e tempo. In BARBOSA, I. (org.). Os sentidos da publicidade. São Paulo: Thomson Learning, 2005.

WOTTRICH, L. Publicidade em xeque. Práticas de contestação dos anúncios. Porto Alegre: Sulina, 2019

Downloads

Publicado

2021-12-03

Como Citar

Perez, C., & Sato, S. (2021). A publicidade como signo transbordante. Ecologia publicitária na pesquisa e na prática. Conjecturas, 21(6), 616–630. https://doi.org/10.53660/CONJ-366-821

Edição

Seção

Artigos