Reis-Filósofos na busca por uma sociedade idealizada: análise socioeducacional do filme Capitão Fantástico
DOI:
https://doi.org/10.53660/CONJ-424-213Palavras-chave:
Práticas sociais, Educação, ConhecimentoResumo
Esta pesquisa tem como objetivo analisar as escolhas da família que figuram a produção cinematográfica Capitão Fantástico, lançada no ano de 2016, cujos membros vivem de modo não convencional, com os progenitores criando os filhos isolados da sociedade para, desse modo, torná-los efetivos reis-filósofos, com base no que é exposto em A República, de Platão. Buscando fugir da dominação política global, passaram a viver uma realidade autônoma, isentos de universos nos quais o autoritarismo perpassa, alicerçados na ideia de uma sociedade sublime, idealizada. Tal investigação buscou situações sociais e políticas atuais, recorrentes no Brasil, para firmar comparação, e balizou-se em teóricos da sociologia, da linguagem e da educação, para promover uma análise socioeducacional do conhecimento erudito enquanto componente necessário, apesar de não exclusivo para a formação de jovens pensadores e construtores de conhecimento.
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