Conhecimento pedagógico do conteúdo no contexto do ensino por investigação: um estudo com licenciandos em química
DOI:
https://doi.org/10.53660/CONJ-428-312Palavras-chave:
Ensino de química, Conhecimento pedagógico do conteúdo, Ensino por investigaçãoResumo
O Ensino por Investigação (EI) tem sido amplamente recomendado no contexto educacional, uma vez que inclui a aprendizagem de conceitos e habilidades científicas, favorecendo o papel ativo do aluno. Assim, é importante preparar os professores para realizarem atividades pautadas no EI durante a sua formação, desenvolvendo conhecimentos necessários para a prática docente, como o Conhecimento Pedagógico do Conteúdo (CPC). Com isso, objetivou-se analisar as percepções e produções didáticas de caráter investigativo de licenciandos em Química das Instituições de Ensino Superior públicas de Manaus/AM à luz do CPC. A coleta de dados se deu durante uma oficina, na qual 11 licenciandos participaram de uma entrevista e responderam ao questionário Content Representation (CoRe) após a elaboração da atividade investigativa, sendo os dados analisados por meio da técnica da Análise Textual Discursiva. As atividades propostas pelos participantes apresentaram elementos do EI, como a situação-problema, porém houve pouca inferência ao envolvimento dos alunos na definição de hipótese e na aplicação dos conhecimentos em novas situações. Identificou-se expressivamente o desenvolvimento dos conhecimentos do conteúdo específico, do contexto educacional, dos alunos e de suas características, dos fins educacionais, e aspectos do CPC, reconhecendo a importância das atividades investigativas nas aulas de Química e seu papel de orientador durante a sua realização.
Downloads
Referências
ANDERSON, L. W.; KRATHWOHL, K. R. A. Taxonomy for learning, teaching and assessing: a revision of Bloom’s taxonomy or educational objectives. New York: Longman, 2001.
AZEVEDO, M. C. P. S. Ensino por Investigação: Problematizando as Atividades em Sala de Aula. In: CARVALHO, A. M. P (Org.). Ensino de Ciências: Unindo a Pesquisa e a Prática. São Paulo: Thomson, 2006.
BACKES, V. M. S.; MENEGAZ, J. C.; MIRANDA, F. A. C.; SANTOS, L. M. C.; CUNHA, A. P. PATRÍCIO, S. S. Lee Shulman: Contribuições para a Investigação da Formação Docente em Enfermagem e Saúde. Texto & Contexto – Enfermagem, v. 26, n. 4, p. 1-9, 2017.
BLOOM, B. S. What we are learning about teaching and learning: a summary of recent research. Principal, v. 66, n. 2, p. 6-10, 1986.
BORGES, A. T. Novos rumos para o laboratório escolar de ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 19, n. 3, p. 9-31, 2002.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Química. Brasília, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Resolução nº 2 de 20 de dezembro de 2019. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Brasília: Diário Oficial da União, 20 dez. 2019.
CAMPOS, N. F.; SCARPA, D. L. Que desafios e possibilidades expressam os licenciandos que começam a aprender sobre ensino de ciências por investigação? tensões entre visões de ensino centradas no professor e no estudante. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 18, n. 2, p. 727-759, 2018.
CARVALHO, A. M. P. O ensino de ciências e a proposição de sequências de ensino investigativas. In: CARVALHO, A. M. P. (Org.). Ensino de ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2018, p. 1-20.
CARVALHO, A. M. P; GIL-PÉREZ, D. Formação de Professores de Ciências. São Paulo: Cortez, 2011
CRISPIM, C. V.; SÁ, L. P. O conhecimento pedagógico do conteúdo no desenvolvimento de ações voltadas à formação inicial de professores de química. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 18, n. 3, p. 543-561, 2019.
FERNANDEZ, C. Revisitando a base de conhecimentos e o Conhecimento Pedagógico do Conteúdo (PCK) de professores de ciências. Revista Ensaio, v. 17, n. 2, p. 500-528, 2015.
JOHNSTONE, A. H. You ca’t get there from here. Journal of Chemical Education, v. 87, n. 1, p. 22-29, 2010.
KASSEBOEHMER, A. C.; HARTWIG, D. R.; FERREIRA, L. H. Contém Química 2: pensar, fazer e aprender pelo método investigativo. São Carlos: Pedro & João Editores, 2015.
LOUGHRAN, J.; BERRY, A.; MULHALL, P. Understanding and developing Science teachers’ pedagogical content knowledge. Rotterdam: Sense Publishers, 2006.
MORAES, R.; GALIAZZI, M. C. Análise textual discursiva. Ijuí: Editora Unijuí, 2016.
MORIEL JUNIOR, J. G.; WIELEWSKIBC, G. D. Base de conhecimento de professores de matemática: do genérico ao especializado. Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, v. 18, n.2, p. 126-133, 2017.
OLIVEIRA, A. W. Improving teacher questioning in science inquiry discussions through professional development. Journal of Research in Science Teaching, v. 47, n. 4, p. 422-453, 2010.
OLIVEIRA, C. M. A. O que se fala e se escreve nas aulas de Ciências? In: CARVALHO, A. M. P. (Org.). Ensino de ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2018, p. 77-92.
POZO, J. I.; CRESPO, M. A. G. A aprendizagem e o ensino de ciências: do conhecimento cotidiano ao conhecimento científico. Porto Alegre: Artmed, 2009.
RODRIGUES JÚNIOR, J. F. A taxonomia de objetivos educacionais. Brasília: Editora UnB, 2016.
ROSA, L. M. R.; SUART, R. C.; MARCONDES, M. E. R. Regência e análise de uma sequência de aulas de química: contribuições para a formação inicial docente reflexiva. Ciência & Educação, v. 23, n. 1, p. 51-70, 2017.
SÁ, L. P.; GARRITZ, A. O conhecimento pedagógico da “Natureza da Matéria” de bolsistas brasileiros de iniciação à docência. Educación Química, v. 25, n. 3, p. 363-379, 2014.
SASSERON, L. H. Interações discursivas e investigação em sala de aula: o papel do professor. In: CARVALHO, A. M. P. (Org.). Ensino de ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2018, p. 41-62.
SHULMAN, L. S. Conocimiento y enseñanza: fundamentos de la nueva reforma. Profesorado. Revista de currículum y formación del profesorado, v. 9, n. 2, p. 1-30, 2005.
SHULMAN, L. S. Aquellos que entienden: desarrollo del conocimiento en la enseñanza. Profesorado. Revista de currículum y formación del profesorado, v. 23, n. 3, p. 271-295, 2019.
SILVA, M. S.; CAMPOS, C. R. P. Atividades investigativas na formação de professores de ciências: uma aula de campo na Formação Barreiras de Marataízes, ES. Ciência & Educação, v. 23, n. 3, p. 775-793, 2017.
SILVA, R. R., MACHADO, P. F. L., TUNES, E. Experimentar sem Medo de Errar. In: SANTOS, W. L. P. dos; MALDANER, O. A. Ensino de Química em Foco. Ijuí: Ed. Unijuí, 2010.
SOARES, K. J. C. B.; VALLE, M. G. Ser Professor. A Construção de Saberes Docentes na Formação Inicial. Curitiba: Appris, 2019.
TALANQUER, V. Formación docente: ¿Qué conocimiento distingue a los buenos maestros de química? Educación Química, v. 15, n. 1, p. 52-58, 2004.
WARD, H., RODEN, J. As habilidades que os alunos devem ter para aprender ciência habilidades processuais. In: WARD, H., RODEN, J., HEWLETT, C., FOREMAN, J. Ensino de Ciências. São Paulo: Artmed, 2010, p. 34 – 51.
WARTHA, E. J.; GRAMACHO, R. S. Abordagem problematizadora na formação inicial de professores de Química no sul da Bahia. In: ECHEVERRÍA, A. R.; ZANON, L. B. (Org.). Formação superior em Química no Brasil: práticas e fundamentos curriculares. 2. Ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2016.
YIN, R. K. Pesquisa qualitativa do início ao fim. Porto Alegre: Penso, 2016.
ZOMPERO, A. F.; LABURÚ, C. E. Atividades investigativas para as aulas de ciências: um diálogo com a teoria da aprendizagem significativa. Curitiba: Editora Appris, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Conjecturas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
