O drama Existencial de Brás Cubas: aproximações filosóficas em Memórias Póstumas de Brás Cubas, O Discurso de Metafísica de Leibniz e O Cândido de Voltaire
DOI:
https://doi.org/10.53660/CONJ-468-526Palavras-chave:
Literatura. Filosofia. Existencialismo. Humanitismo.Resumo
O objetivo deste texto é demonstrar que nas três obras indicadas para análise há um elo entre filosofia e literatura. Aqui seguimos a metodologia da revisão bibliográfica. Em uma segunda abordagem pretendemos tratar mais especificamente do Humanitismo, a teoria filosófica de Quincas Borba. Por ora, nos ocuparemos de demonstrar que filosofia e literatura estão em entrelaçadas por retratar dimensões do conhecimento humano e que caracterizam uma linguagem de questionamento e exposição de pensamento de forma concreta. Ambas buscam aspectos sólidos de discussão de vários significados possíveis para questões humanísticas. Tal abordagem une as obras: Memórias póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis, O Discurso de Metafísica de Leibniz e Cândido de Voltaire. Assis deixa transparecer em sua obra que conhecia as obras filosóficas de Leibniz e Voltaire. Quincas Borba, o fundador do Humanitismo, o princípio de todas as coisas, emanando de Humanistas. Ao morrer afirmava que a dor é uma ilusão, e os ensinamentos dados a Cândido, por Pangloss, tinham razão de ser. Pois apesar da dor e do sofrimento a realidade da vida sempre é a melhor de todas as situações. Com tal convicção Quincas aponta para uma conclusão: a certeza de Leibniz que “este é o melhor dos mundos possíveis”.
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Referências
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