Processos históricos da instituição da administração indígena em São Paulo colonial
DOI:
https://doi.org/10.53660/CONJ-519-816Palavras-chave:
Meu nome completo: Antonio Martins Ramos., Palavras-chave: Administração; Expedições bandeirantes; Resistência adaptativa.Resumo
O escravismo indígena praticado na América portuguesa teve na vila de São Paulo um de seus principais centros, marcado principalmente, pelo constante conflito entre colonos e padres jesuítas pela posse e manejo dos índios. A escravidão indígena, de forma estrita, era oficialmente proibida, resultando numa contradição presente na sociedade colonial, sobretudo para os próprios índios. Na busca pela regulamentação de suas práticas cotidianas, chegou-se a uma definição legal, pela coroa portuguesa, a fim de se conformarem os interesses dos agentes colonizadores. Esta pesquisa traçou o percurso histórico deste processo, até o final do século XVII, a partir das fontes documentais e abordagens historiográficas mais recentes. O resultado aponta para a vitória do modelo da administração particular, em detrimento dos ideais missionários da catequese, e o consequente genocídio indígena, através porém, de formas específicas de resistência promovidas pelos índios.
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