Processos e desafios para implantação da coleta seletiva no município de Itabuna
DOI:
https://doi.org/10.53660/CONJ-585-2W29Palavras-chave:
Gestão Ambiental; Resíduos Sólidos; Reciclagem; Catadores; Itabuna.Resumo
O município de Itabuna – BA possui aproximadamente 214.000 habitantes, os quais, produziram, em 2020, 48.755 t/ano de resíduos sólidos. Nos meses de maio de 2021 a janeiro de 2022, a administração municipal aprovou duas políticas públicas importantes para o processo de limpeza pública, gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos, a primeira foi referente ao fim do lixão e a segunda na implantação da coleta seletiva municipal, um problema que durava mais de 30 anos. Com este trabalho espera-se que seja possível verificar quais foram os desafios enfrentados pela gestão municipale seus parceiros na implantação da coleta seletiva, identificando as dificuldades e limitações encontradas. Os dados obtidos no início do projeto evidenciam a viabilidade do Recicla Itabuna, pois em três meses de coleta seletiva conseguiu reciclar os seguintes volumes de resíduos sólidos: janeiro (3 toneladas); fevereiro (47 t); março (76 t); abril (59t); maio (61 t); junho (73 t); julho (77 t); e, por fim, agosto (131 t). Mantendo-se esta média mensal, se for projetado para um ano, ter-se-á um resultado em torno de ≅786 toneladas recicladas, equivalente a 65 caminhões compactadores carregados, os quais deixaram de ser enviados para o aterro sanitário da região, beneficiando diretamente a Associação de Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis de Itabuna (ACRRI). A coleta seletiva é importantíssima para os municípios e trata-se de uma das medidas para solucionar, em parte, um dos principais problemas ambientais das cidades brasileiras em relação ao lixo que produzem, haja vista que o percentual de tratamento ainda é baixo (2-3%) e não contempla a fração orgânica dos resíduos, necessitando de uma solução integrada para este complexo problema socioambiental.
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