Máscaras do racismo e inscrições corporais negras: entre mistificações, o desaparecer de si e a resistência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53660/CONJ-686-817

Palavras-chave:

Educação, Relações Étnico-raciais, Corpos, Universidade

Resumo

O artigo reflete acerca do conceito de corpo, em especial as inscrições corporais negras no Brasil. Trata-se de resultados de uma investigação que objetiva compreender as marcas (efeitos) de sentido de docentes universitários sobre inscrições corporais negras no Centro de Formação de Professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (CFP/UFRB). Utiliza-se uma abordagem qualitativa mediada por elementos da metodologia da pesquisa histórica do tempo presente, tendo como técnica de análise de dados a produção de sentidos. O estudo ampliado conta com a produção de dados indicando levantamentos de artigos científicos e teses. Também conduzimos entrevistas em ambiente virtual com docentes e analisamos imagens no campo empírico da pesquisa. Como resultados desse artigo problematizamos a existência de mistificações históricas que perpetuam a sentença de convívio habitual com o racismo. A presença de máscaras do racismo é tensionada por estratégias de reparação e resistência, amparadas no reconhecimento das inscrições corporais negras e materialidade da vida.

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Publicado

2022-03-10

Como Citar

Oliveira, C. A. da S., & Paula Silva , M. C. de. (2022). Máscaras do racismo e inscrições corporais negras: entre mistificações, o desaparecer de si e a resistência. Conjecturas, 22(1), 1914–1928. https://doi.org/10.53660/CONJ-686-817

Edição

Seção

Artigos