Permanência versus impermanência de monumentos paulistanos: planejamento urbano e preservação patrimonial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53660/CONJ-930-K04

Palavras-chave:

Arquitetura e urbanismo; Patrimônio urbano edificado; Deslocamento do Monumento a Ramos de Azevedo; Planejamento urbano; Monumentos paulistanos.

Resumo

Neste artigo, discutiremos a diferença de tratamento dado a um dos tantos Monumentos Paulistas deslocados, o Monumento a Ramos de Azevedo, inaugurado em janeiro de 1934, desmontado e deslocado entre 1967 e 1975, e outros Conjuntos Escultóricos Paulistas que tiveram sua implantação original mantida até à atualidade. Destacaremos: Monumento à Independência (1922), Monumento a Carlos Gomes (1922), Monumento às Bandeiras (1954) e o Monumento a Duque de Caxias (1960). Tal problemática salientada sob o viés patrimonial à luz de documentos internacionais de preservação, destacando as diferenças urbanísticas decorrentes da integração entre a implantação dos Monumentos e o planejamento urbano para o entorno destes. Com tal estudo, demonstramos que em uma mesma municipalidade alternativas urbanísticas adotadas desde o planejamento da implantação de um Monumento interferem positiva ou negativamente em sua preservação patrimonial. Tal discussão é um recorte do mestrado, desenvolvido junto ao Instituto de Artes da UNICAMP com apoio de bolsa CAPES; cuja temática central foi a discussão sobre a descontextualização do Monumento a Ramos de Azevedo.

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Publicado

2022-04-29

Como Citar

Celli Lhobrigat, A., & Gallo, H. (2022). Permanência versus impermanência de monumentos paulistanos: planejamento urbano e preservação patrimonial. Conjecturas, 22(5), 196–210. https://doi.org/10.53660/CONJ-930-K04

Edição

Seção

Artigos